Ártico

03/04/2011 05:15

 

As regiões mais desabitadas do planeta estão localizadas no extremo sul e norte do planeta, tratam-se de áreas de clima extremamente frio.

Diante dessa afirmação, o tema em questão é o Ártico, que abrange um território de 21 milhões de quilômetros quadrados, sendo que grande parte dessa área é formada pelas águas do Oceano Glacial Ártico, nesse caso 65%. Os outros 35% são constituídos por uma imensa quantidade de ilhas, a maior delas é a Groenlândia. A região do Ártico está localizada no extremo norte do continente americano, europeu e asiático. Os países que possuem territórios ou parte deles no Ártico são Estados Unidos (Alasca), Canadá, Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia.

O Ártico está situado no polo Norte, apresenta temperaturas muito baixas, especialmente no inverno, que é extremamente rigoroso, entretanto as temperaturas se encontram baixas durante todo o ano, sendo assim, a temperatura média anual é de – 2ºC. 

Em razão das características climáticas que predominam nessa região, não há condições para a propagação de diversidade de vidas, por isso a restrita vegetação existente é modesta, dispersa e com duração extremamente rápida, seu ciclo desenvolve somente em dois meses durante todo o ano, julho e agosto, período marcante no hemisfério.

A vegetação existente é a tundra, que corresponde a uma composição vegetativa formada por musgos e liquens e, raras vezes, vegetação herbácea de pequeno porte.

O Oceano Glacial Ártico é considerado como um mar interior, mas como permanece quase o ano todo congelado não favorece as atividades de pesca e transporte. Nesse oceano são encontradas muitas banquisas, que são enormes blocos de gelo, possuem em média 10 m de espessura e 1.000 quilômetros, além de milhares de iceberg que correspondem a imensos blocos de gelo provenientes de águas continentais que migram no sentido sul até chegar aos oceanos Atlântico e Pacífico.

 

Impactos no espaço geográfico do Ártico

Existem regiões do planeta conhecidas como polares que se encontram dentro ou nas proximidades do Círculo Polar Ártico (ao norte) e o Círculo Polar Antártico (sul). Os dois são denominados respectivamente de polo Norte e polo Sul do planeta.

Por estarem estabelecidas nas polaridades do planeta recebem pouca quantidade de calor, dessa forma, apresentam temperaturas muito baixas, nesse caso as mais frias do planeta, sempre inferior a – 10ºC.

Essas regiões exercem forte influência climática no mundo, importante para seu equilíbrio. Apesar disso, esse espaço do planeta sofre com o aquecimento global e também com impactos que ocorrem na própria região.

O Ártico abriga diversos grupos humanos, alguns habitam o lugar há pelo menos quatro mil anos, como os esquimós que se encontram no extremo norte da América em áreas costeiras e em ilhas, além dos lapões situados no norte da Europa, povos russos como os iakoutes, chuckchis, samoiedos entre outras etnias.

No geral, todos esses povos citados viviam de maneira nômade em pequenos grupos separados que retiravam seu sustento por meio da caça e da pesca.

Posteriormente, o contexto populacional começou a ser alterado quando, a partir de 1950, ocorreu um grande fluxo migratório para a região, várias pessoas foram atraídas pela existência de jazidas minerais.

A partir do início das atividades de extração de minérios, como o petróleo, a configuração e a rotina do local foram transformadas, pois a concentração de pessoas derivou o surgimento de povoados e cidades que desencadeou a implantação de atividades produtivas como a indústria e a prestação de serviços.

O “desenvolvimento” da região produziu profundos impactos na estrutura social dos nativos, que não mais viviam de forma isolada como os seus antepassados.

Após o processo de povoamento da região, as atividades mais difundidas são, respectivamente, a pesca e exploração de minérios metais e fósseis. Posteriormente à extração dos minérios, o escoamento é feito através de oleodutos, gasodutos, além de navios que transportam para países como Estados Unidos, Canadá, Rússia e países europeus.

 

Ocupação da Antártida

Dentre os continentes do mundo, a Antártida figura como o último a ser descoberto e explorado pelos europeus. O inglês James Cook, entre os anos de 1768 e 1771, navegou ao redor desse continente gelado diversas vezes, entretanto, quem pisou no solo pela primeira vez foi o norte-americano Nathaniel Palmer.

Após essas expedições aconteceram muitas outras, o que proporcionou a constatação de jazidas minerais, como cobre, urânio, platina, carvão, manganês, prata, gás natural entre outros, tal descoberta despertou, entre 1823 e 1843, a cobiça de muitos países, o que provocou uma agressiva disputa pelo domínio da Antártida.

Mais tarde, no século XX, foi criado o Tratado da Antártida, o qual instituía regras para ocupação do continente, que passou a vigorar no ano de 1961. Originalmente, o tratado contou com a participação de doze países: Estados Unidos, União Soviética, Noruega, Nova Zelândia, Argentina, Austrália, África do Sul, Japão, Reino Unido, China, Chile e Bélgica, mais tarde foi integrado por vinte e cinco nações.

Os países que assinaram o documento assumiram o compromisso de usufruir o continente exclusivamente para a cooperação internacional e objetivos pacíficos, com ênfase para o desenvolvimento científico. Doravante ao acordo, um grande número de países implantou bases científicas na região.

Grande parte das informações atuais é resultado de acirradas pesquisas desenvolvidas por cientistas dos Estados Unidos, Reino Unido, Suécia, Noruega e Austrália.

A consolidação do Tratado foi de grande importância, primeiro pelas contribuições científicas desenvolvidas nas estações de pesquisas, segundo porque não permitiu que um único país tivesse o domínio pleno.