Ásia
A Ásia está localizada a oeste do meridiano de Greenwich, ou seja, no Oriente, o continente está situado no hemisfério norte. De todos os continentes existentes, a Ásia é o maior, sua área é de 44 milhões de quilômetros quadrados.
Os limites de fronteira que existem no continente asiático são: ao norte, Oceano Glacial Ártico; ao sul, Oceano Índico; a leste, Oceano Pacífico; a oeste, Mar Vermelho, que o separa do continente africano, o Mar Mediterrâneo e os Montes Urais que o separa da Europa.
Além de ser o maior continente do mundo, abriga cinco dos dez países mais populosos do planeta, são eles:
- China (1,3 bilhões habitantes),
- Índia (1,1 bilhão),
- Indonésia (234 milhões),
- Paquistão (169 milhões),
- Bangladesh (150 milhões),
- Japão (127 milhões).
O produto da soma de todos os paises citados representa, aproximadamente, 60% do total da população do planeta.
Em razão de sua extensão territorial, o continente abrange diversas características naturais, econômicas e culturais.
Para facilitar as análises de todos os temas foi feita a regionalização do continente, a partir desse processo o continente asiático ficou dividido em Ásia boreal (onde se encontra a parte asiática da Rússia), Ásia Central (onde está o Casaquistão, o Usbequistão, o Turcomenistão, o Quirquistão e o Tajiquistão), Oriente Médio (abriga, em grande maioria, países árabes e mulçumanos), Ásia austral (abrange a Índia e o sudeste asiático) e Extremo Oriente (composto por China, Mongólia, Taiwan, Coreia do Norte, Coreia do Sul e Japão).
A agricultura no Sudeste Asiático
O Sudeste Asiático (ou Sudeste da Ásia) é um subcontinente da Ásia que ocupa uma área de 4,5 milhões de km². Nessa área encontram-se onze países, são eles: Mianmar, Laos, Tailândia, Camboja, Vietnã, Cingapura, Malásia, Indonésia, Brunei, Filipinas e Timor Leste.
Essa porção territorial da Ásia é banhada por dois oceanos, o Índico e o Pacífico. O Sudeste Asiático se distingue em: países localizados em áreas continentais e países situados em áreas insulares, entre os quais podemos citar: a Indonésia e as Filipinas, ambas são grandes arquipélagos.
A região do Sudeste Asiático abriga uma grande população, são aproximadamente 536 milhões de habitantes. Desse total, a maioria vive na zona rural, atuando na agricultura.
A cultura agrícola que mais se destaca é o plantio de arroz (rizicultura), que é a base da dieta de grande parte da população dos países da Ásia.
Somente os produtores de arroz do Sudeste Asiático respondem por cerca de 26% da produção em escala global, o maior produtor nessa região é a Indonésia.
A produção de arroz na Indonésia é superada somente pela China e Índia, que são os maiores produtores do mundo.
A rizicultura é desenvolvida no Sudeste Asiático de forma tradicional, o trabalho é realizado pela família com auxílio de animais, além disso, todo o trabalho, desde o plantio até a colheita, é feito manualmente.
Os países do Sudeste Asiático não se restringem a produzir somente arroz, são cultivadas também outras culturas agrícolas, como banana, borracha, cana-de-açúcar e coco, além da criação de animais, como por exemplo, bovinos e suinos.
A colonização da Ásia
O processo de ocupação e exploração do continente asiático por parte das potências europeias ocorreu no século XIX. No entanto, esse processo não aconteceu de maneira igual dentro da Ásia, variou de uma região para outra. Até o século XIX os asiáticos quase não mantinham contato com os povos europeus, salvo os viajantes comerciantes.
A distinção em relação ao processo de exploração no interior do continente se dava diante da ocupação do Sudeste Asiático e do Oriente Médio. A inserção de uma nova cultura a partir da colonização europeia gerou reflexos diretos no modo de vida de muitas civilizações.
O cultivo tradicional do arroz despertou nos europeus um grande interesse nas terras do Sudeste Asiático, no qual se desenvolvia o plantio dessa cultura há muitos séculos. Diante do interesse dos europeus nessa região da Ásia, houve muitos conflitos para determinar a posse e exploração.
Com condições climáticas (quente e chuvoso) viáveis ao plantio de culturas tropicais, os europeus implantaram as plantations (monocultura de exportação). Em territórios dominados por franceses era produzido o arroz. Em domínios ingleses a extração era da seringueira e, em regiões controladas por holandeses, era desenvolvido o cultivo da cana-de-açúcar.
Durante o processo de colonização da Ásia os europeus enfrentaram resistência por parte de algumas nações, dentre elas a indiana e a chinesa. Ambas possuíam uma estrutura social bastante organizada, além de um numeroso exército. A fidelidade aos princípios religiosos e a conduta moral das civilizações citadas fortaleceu ainda mais a resistência à inserção de outra cultura.
Apesar dos esforços dessas civilizações em proteger sua identidade e suas riquezas, elas foram derrotadas pelos europeus. Isso é explicado pelo fato de as nações europeias serem experientes em combates e por possuir um exército bem treinado. Assim, as nações europeias dominaram tais territórios e os exploraram.
O continente foi descolonizado após a Segunda Guerra Mundial.
A descolonização da Ásia
Para estruturar as colônias europeias no mundo foram necessários mais de quatro séculos, contando a partir do período das feitorias até a segunda metade do século XX.
A independência do continente asiático se deu por duas causas: o enfraquecimento das nações europeias após a Segunda Guerra Mundial e a eclosão de movimentos de luta pela independência.
O processo de descolonização asiático contou com o apoio norte-americano e soviético. Isso é explicado pelo fato de que naquele momento desenrolava-se a Guerra Fria. Desse modo, ambos desejavam expandir suas áreas de influência do capitalismo e do socialismo, respectivamente, isso nos países que iriam emergir com a independência.
A descolonização asiática sucedeu quase que simultaneamente com a Segunda Guerra Mundial. Muitas colônias se tornaram independentes entre 1945 e 1950, das quais podemos citar: Índia, Paquistão, Sri Lanka, Filipinas, Indonésia, Vietnã, Laos. A China promoveu a revolução socialista, em consequência disso pôs fim na dominação inglesa, alemã e japonesa em seu território. Em 1945, a Coreia deixou de se submeter aos domínios japoneses. Essa ex-colônia japonesa se dividiu em 1948, formando dois países: Coreia do Norte e Coreia do Sul.
O Camboja tornou-se independente da França em 1953. A Malásia e Cingapura conseguiram se libertar da colonização inglesa entre os anos de 1957 e 1965.
As colônias onde hoje se encontra o Oriente Médio se submeteram aos domínios europeus por muito tempo. Países como Líbano e Síria tiveram suas independências oficializadas em 1943 e 1946, respectivamente.
O restante dos países que integram o Oriente Médio obteve a independência somente após a Segunda Guerra Mundial. Com exceção do Irã, que teoricamente nunca foi colônia de nenhuma metrópole europeia.
Em razão de muitos anos de intensa exploração por parte das metrópoles europeias, as colônias se tornaram independentes, no entanto herdaram muitos problemas de caráter socioeconômico, os quais são percebidos até os dias atuais.
A economia da Ásia Central
om o declínio do socialismo e o fim da União Soviética, abriu-se caminho para que os países da Ásia Central promovessem a proclamação da independência, isso a partir de 1991. Então, os países da Ásia Central (Casaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Usbequistão) ingressaram na CEI (Comunidade dos Estados Independentes), associação criada por ex-repúblicas da URSS.
O surto de independência na Ásia Central promoveu diversas mudanças na configuração política e econômica da região. Algumas mudanças ocorreram quase que simultaneamente, como a implantação de processos eleitorais e a abertura da economia, por exemplo, abrindo espaço assim para a entrada do capitalismo e capital estrangeiro.
A configuração da economia da Ásia Central está largamente ligada ao setor primário, principalmente no segmento da agricultura, pecuária e do extrativismo mineral.
Na produção agrícola, destaca-se o cultivo de algodão e frutas. Para o desenvolvimento da agricultura é preciso empregar técnicas de irrigação de maneira intensiva para garantir a produtividade e o abastecimento interno de alimentos. Na produção pastoril, a região tem como principais criações: ovinos e caprinos. A atividade agrícola exerce uma enorme relevância para a composição econômica da Ásia Central.
Quanto ao extrativismo mineral, o subcontinente abriga em seu subsolo jazidas de diversos tipos de minérios. Dentre muitos, os principais são: carvão mineral e minério de ferro em países como o Casaquistão e o Quirguistão, e petróleo e gás no Usbequistão, Turcomenistão e Casaquistão. Existem ainda indústrias de beneficiamento, como siderúrgicas, petroquímicas, alimentícias e têxteis.
A economia dos países do Sudeste Asiático
Cerca de 70% da população do Sudeste Asiático vive na zona rural, mostrando uma forte ligação com as atividades primárias. Desse modo, as bases da economia dos países desta região são a agropecuária e o extrativismo, o que resulta na inserção da metade da população economicamente ativa no setor primário.
Dentre as atividades agrícolas desenvolvidas no Sudeste Asiático, o cultivo de arroz é um dos destaques, o qual é realizado na maioria dos casos às margens de rios, mais especificamente, nos deltas dos rios Irrawaddy, Myanmar, Chão Phraya, Tailândia, Mekong e Vietnã.
Outra cultura de grande relevância para a economia do Sudeste Asiático é a seringueira, especialmente na Malásia, tendo em vista que esse é o maior produtor de látex de origem vegetal do mundo. O subcontinente é também um grande produtor de chá, cana-de-açúcar e pimenta-do-reino, incluindo ainda a produção de estanho (Malásia) e madeira e petróleo (Indonésia). A Indonésia, aliás, é um dos membros da Opep (Organização dos países exportadores de petróleo), que reúne os maiores produtores de petróleo do mundo.
No setor industrial, em geral, a produção é restrita, em razão da atividade primária ser a mais difundida e dos países ainda não terem ingressado em um processo de industrialização efetiva. Apesar disso, alguns países se destacam nesse segmento produtivo, como: Cingapura, Tailândia, Brunei e Malásia. Isso é resultado de vultosos investimentos oriundos de capitais externos, especialmente japoneses.
Nenhum país que integra o Sudeste Asiático possui um destaque maior que Cingapura, que detém um relativo reconhecimento no cenário global, uma vez que está entre as economias emergentes ou em desenvolvimento da Ásia, comumente denominadas de Tigres Asiáticos.
A religião no Oriente Médio
O Oriente Médio possui extensão territorial de 6,8 milhões de quilômetros quadrados, está localizado no oeste da Ásia e é formado pelos seguintes países: Arábia Saudita, Bahrain, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria, Turquia.
Sua população é de aproximadamente 260 milhões de habitantes. A diversidade étnica e cultural entre os habitantes do Oriente Médio é enorme, fator responsável pelos conflitos naquela região. Um dos elementos diversificados é a religião, com crenças diferentes e disputa por territórios considerados sagrados.
As três principais religiões monoteístas, ou seja, crença na existência de um único Deus, surgiram no Oriente Médio: O Islamismo, o Cristianismo e o Judaísmo.
A religião com maior número de seguidores é o Islamismo (90% da população). É uma religião monoteísta, fundamentada nos ensinamentos de Mohammed, ou Muhammad, chamado pelos ocidentais de Maomé. Após a morte de Maomé, a religião islâmica sofreu ramificações, ocorrendo divisão em diversas vertentes com características distintas. Os segmentos do Islamismo que possuem maior quantidade de adeptos são a dos sunitas (maioria) e a dos xiitas. Ao contrário do que muitos pensam, o Islamismo não é dividido apenas em sunitas e xiitas, existem vários outros grupos menores, entre eles estão os drusos e os alauítas.
A segunda maior religião em números de seguidores no Oriente Médio é o Cristianismo. A região abriga cerca 12 milhões de cristãos, muitos de igrejas árabes, como a Copta ou a Maronita, que estão entre as mais antigas do Cristianismo. Os países com a maior quantidade de cristãos são a Síria e o Líbano.
Além disso, também vivem no Oriente Médio mais de 6,5 milhões de Judeus, quase todos em Israel. O território que atualmente corresponde à Palestina já foi habitado por judeus há cerca de quatro mil anos, no entanto, foram expulsos durante o Império Romano. Os judeus retornaram para o Oriente Médio através de fluxos migratórios, que se fortaleceram com a construção do Estado de Israel, em 1948. Esse fato é um dos principais responsáveis pelos constantes conflitos entre judeus e palestinos, pois Israel está anexando territórios habitados por palestinos.
A cidade de Jerusalém é disputada pelas três grandes religiões. É um local sagrado para o Islamismo, o Cristianismo e o Judaísmo. Confira a importância simbólica de Jerusalém para essas religiões:
- Islamismo: Domo da Rocha, em Jerusalém, é o terceiro local mais importante no Islamismo, de onde Maomé subiu aos céus.
- Cristianismo: Igreja do Santo Sepulcro, localizada em Jerusalém, assinala o local tradicional da crucificação, do enterro e da ressurreição de Jesus Cristo.
- Judaísmo: Para os judeus, o Muro das Lamentações, parte do Segundo Templo, localizado na cidade de Jerusalém, é o local mais sagrado de todos.
Ásia Central
O continente asiático é regionalizado em: Extremo Oriente, Oriente Médio, Sudeste Asiático, Ásia Setentrional, Ásia Ocidental, Ásia Meridional, Ásia Oriental e Ásia Central.
A Ásia Central, nesse caso, será o foco de análise. Esse subcontinente é constituído por cinco países: Casaquistão, Usbequistão, Turcomenistão, Tajiquistão e Quiguistão. Juntos, compõem uma área de 4 milhões de km2, sendo o Casaquistão o maior em espaço territorial, pois abrange 2,7 milhões de km2.
A superfície da Ásia Central é constituída basicamente por um relevo relativamente plano, com a presença de planícies e de planaltos de altitudes modestas, salvo regiões próximas à fronteira com países do Oriente Médio, onde há presença de montanhas.
A composição vegetativa do subcontinente é bastante restrita, com a presença de vegetação do tipo estepe, ou seja, pobre em biodiversidade (flora e fauna). Tal característica é proveniente, dentre outros fatores, do clima, uma vez que na região há o predomínio de clima do tipo árido e semiárido, portanto, seco.
A característica climática que prevalece no subcontinente em questão interfere na composição hidrográfica presente na região, sendo restrita à quantidade de rios. Os principais rios são o Syr e Amu, ambos desembocam no Mar de Aral.
O mar de Aral está localizado a noroeste do Usbequistão e a oeste do Casaquistão. Esse mar tem sofrido grande impacto ambiental, desde a década de 60 o Aral está perdendo água (secando), sendo um dos maiores problemas de caráter ambiental do mundo.
O mar de Aral está secando porque um de seus principais afluentes, o rio Amu, teve seu curso desviado para atender as necessidades de irrigação para o plantio de culturas como o arroz e o algodão. Diante desse quadro, o mar de Aral passou a não receber uma significativa quantidade de águas, provocando a diminuição de seu volume.
Aspectos da população da Ásia Central
Ásia Central corresponde a um subcontinente localizado no centro do continente asiático, que é regionalizado em Ásia Central, Extremo Oriente, Norte da Ásia, Oriente Médio, Sudeste Asiático e Sul da Ásia.
A Ásia Central é composta pelo Cazaquistão, Uzbequistão, Turcoministão, Tajiquistão e Quirquistão. O subcontinente ocupa uma área de 4 milhões de km2, na qual vivem cerca de 60 milhões de habitantes. As populações do Uzbequistão e do Cazaquistão juntas, somam 45 milhões, número que representa 75% do contingente populacional da Ásia Central.
Grande parte da população encontra-se no campo, dessa forma, as atividades econômicas estão ligadas à produção agropecuária. O acesso aos serviços de saúde é bastante debilitado, fato que explica os grandes índices de mortalidade infantil e os baixos índices de esperança de vida. No Uzbequistão, por exemplo, entre mil nascidos, morrem 68,9 crianças; e a expectativa de vida é de 65 anos. Diante das características acima, pode ser constatado um elevado número de jovens na população absoluta.
Aspectos da população do Oriente Médio
O Oriente Médio possui aproximadamente 260 milhões de habitantes, o que lhe dá, demograficamente, uma condição de mediana populosa. Os países do Oriente Médio de maior população são: Turquia e Irã; suas respectivas populações somam cerca de 140 milhões de habitantes, percentual que ultrapassa os 50% de toda a população do Oriente Médio.
Na região do Golfo Pérsico existem países cuja população é bastante restrita. Se somarmos as populações do Catar, Bahrain, Emirados Árabes Unidos, Omã e o Kuwait, obteremos aproximadamente 8 milhões de habitantes.
A estrutura etária da população do Oriente Médio é composta, em sua maioria, por jovens. De acordo com dados de 2007, praticamente todos os países dessa região da Ásia possuem uma restrita população idosa. Isso é explicado porque as taxas de natalidade são altas e a expectativa de vida é baixa. Esse aspecto não ocorre em Israel, uma vez que a população idosa acima dos 65 anos representa 10% de todos os habitantes do país.
Assim como na América Latina, grande parte dos países do Oriente Médio possui um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) médio ou alto, salvo Israel, Catar e Emirados Árabes Unidos, que a partir de 2010 passaram a integrar o grupo de países de IDH muito alto.
A religião predominante no Oriente Médio é o islamismo. Cerca de 70% da população é seguidora dessa religião, porém, são praticadas outras, como o cristianismo e o judaísmo. O cristianismo é praticado, sobretudo na Turquia e no Líbano, e o judaísmo em Israel. O Oriente Médio é berço das três principais religiões monoteísta do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo. O islamismo é a religião que mais cresce no planeta.
Aspectos naturais do Oriente Médio
O Oriente Médio é uma região do continente asiático. Tal subcontinente se limita com os mares Negros e Cáspio ao norte, com o Mar Arábico ao sul, e com os mares Vermelho e Mediterrâneo a oeste.
O Oriente Médio, berço das três principais religiões monoteístas (cristianismo, islamismo e o judaísmo), abriga diversas características naturais. O relevo encontrado nesse subcontinente basicamente é formado por planaltos, conjuntos montanhosos que podem atingir até 4 mil metros de altitude. As principais montanhas do Oriente Médio são os Montes Zagros; Montes Elbrurz, onde se encontra o vulcão Damavand, com 5.671 metros de altitude; além dos Montes Hindu Kush. O ponto mais alto é o Pico Nowshk, com 7 485 metros de altitude.
O relevo do Oriente Médio também é formado por planícies. Esse tipo de relevo é identificado em áreas restritas, localizadas entre as montanhas e o litoral, abrangendo grande parte do território do Iraque. As planícies estão entre os rios Tigre e Eufrates.
No Oriente Médio, é predominante o clima do tipo árido e semiárido. Esses climas abrangem praticamente todos os países que compõem o Oriente Médio. Prova disso é a grande incidência de áreas desérticas, que ocupam 70% do território do Irã e Afeganistão e 90% da Arábia Saudita.
A predominância de climas áridos e semiáridos na região resulta no desprovimento total ou parcial de água. Outro aspecto marcante do clima do Oriente Médio é a alta amplitude térmica, ou seja, a diferença entre as temperaturas apresentadas no período diurno com as do período noturno. A amplitude térmica na região oscila entre 50ºC durante o dia e temperaturas abaixo de 0ºC durante a noite.
Em decorrência das adversidades climáticas e a escassez de água, a biodiversidade no subcontinente é restrita. A composição vegetativa predominante é composta por plantas do tipo xerófilas, vegetais resistentes à falta de água.
Apesar da predominância do clima e da vegetação apresentada, existem também, de maneira modesta, outros tipos. Na região do Oriente Médio é possível identificar vegetação de montanha, estepes, pradarias, vegetação de deserto e vegetação mediterrânea. Quanto ao clima, além do árido e o semiárido, ocorrem também os tipos temperado e o mediterrâneo.
Atividade industrial no Oriente Médio
A economia do Oriente Médio está extremamente ligada à produção de petróleo, uma vez que tal subcontinente abriga a maior jazida do minério no mundo.
Em contrapartida, o setor industrial não detém o mesmo destaque, salvo Israel. Só agora que a maioria dos países do Oriente Médio está iniciando um processo efetivo de industrialização. De maneira generalizada, a produção industrial na região gira em torno do seguimento têxtil (confecção de tapetes, como por exemplo, os persas), além das indústrias alimentícias.
A maioria dos parques industriais presentes dentro do Oriente Médio encontra-se nas principais cidades, tais como Ancara (capital da Turquia), Damasco (Síria), Bagdá (Iraque) e Teerã (Irã).
Todo recurso gerado pela produção petrolífera tem sido empregado no desenvolvimento tecnológico das refinarias e indústrias petroquímicas em países como Irã, Iraque e Arábia Saudita.
Em Israel, apesar das adversidades naturais de ordem climática, o país possui um relativo desenvolvimento industrial, atividade responsável por 30% do PIB (Produto Interno Bruto). O parque industrial desse país é localizado, sobretudo, nas cidades de Telavive e Haifa, as quais detêm cerca de 25% do PEA (População Economicamente Ativa) nacional. Encontra-se também, indústrias tradicionais (alimentícias e têxteis), além de indústrias que atuam na lapidação de diamantes, na produção de equipamento bélico e eletroeletrônicos.
Caxemira
A Caxemira consiste num território montanhoso localizado entre o norte da Índia, o nordeste do Paquistão e o sudoeste da China. Sua extensão territorial é de 220 mil quilômetros quadrados, sendo áreas de influência da Índia (100 mil km²), Paquistão (80 mil km²) e China (40 mil km²).
Historicamente, esse território tem sido alvo de disputas entre esses três países desde 1947, quando ocorreu a fragmentação das Índias Britânicas, e o consequente processo de descolonização do subcontinente, dando origem a dois países: Paquistão (com maioria da população mulçumana) e Índia (população hinduísta). Além da localização estratégica, o domínio da Caxemira proporciona o controle das águas do curso médio do rio Indo.
Após divisão territorial, as centenas de estados que formavam a gigantesca região das Índias Britânicas anexaram-se ao Paquistão ou à Índia. No entanto, a Caxemira era governada por hindus, e sua população de 5 milhões de habitantes, dos quais 80% eram mulçumanos, dificultou uma decisão a respeito de qual país a Caxemira seria anexada.
Portanto, foi decidido que a Caxemira iria continuar como um território autônomo, ou seja, se tornou um estado independente. Essa decisão desencadeou uma grande rebelião dos mulçumanos (maioria da população) contra o governo hindu (minoria da população).
A insatisfação dos mulçumanos contra o governo da Caxemira proporcionou uma série de atentados violentos, fazendo com que o governo local solicitasse auxílio da Índia. O Paquistão, por sua vez, enviou tropas em ajuda aos mulçumanos na Caxemira. O confronto durou mais de um ano e o território foi divido por uma linha que estabeleceu um lado hindu e um lado mulçumano.
Os conflitos entre Índia e Paquistão intensificaram-se durante a década de 1990. O Parlamento indiano declarou que a Caxemira (inclusive a parte de influência do Paquistão) pertencia à União Indiana. Entre 1990 e 1995, aproximadamente 10 mil pessoas foram mortas nos confrontos.
Uma guerra entre os dois países pode levar a um combate com utilização de armas nucleares, pois as duas naçõespossuem tecnologia para a fabricação desse tipo de armamento. Tanto a Índia quanto o Paquistão já realizaram testes de seus arsenais atômicos.
Além do Paquistão e da Índia, a China também possui interesse pela Caxemira, pois o território disputado é de grande importância estratégica para o país. Sua localização geográfica facilita o acesso chinês ao Tibete e à região de Sinkiang, ambas sob o domínio chinês.
Extremo Oriente
O Extremo Oriente é chamado também de Ásia Oriental, está localizado a leste do continente asiático e abrange um território que ocupa uma área de cerca de 12 milhões de km2, onde vivem as populações de China (1,3 bilhão), Japão (127 milhões), Coreia do Sul (49 milhões), Coreia do Norte (23 milhões), Taiwan (23 milhões), Hong Kong (6 milhões), Mongólia ( 2 milhões) e Macau ( 450 mil).
Essa porção da Ásia apresenta, em grande parte do território, clima do tipo temperado, em decorrência de sua localização geográfica, uma vez que é cortado pelo Trópico de Câncer. Essa característica climática não faz parte da realidade de uma porção meridional da China e de Taiwan, pois ambos estão sob influência da zona tórrida da Terra ou intertropical, a qual recebe uma quantidade maior de luz solar, apresentando temperaturas mais elevadas.
Na Ásia Oriental se encontram dois dos poucos países remanescentes do sistema socialista: China e Coreia do Norte, lembrando que a economia chinesa já modificou bastante sua configuração e vem se distanciando cada vez mais dos princípios do socialismo e se aproximando dos princípios capitalistas. Países como Macau e Hong Kong tiveram seus respectivos territórios anexados e administrados pelo governo chinês, tornando-se regiões administrativas.
No Extremo Oriente encontra-se o país com a maior população do mundo, China, com aproximadamente 1,3 bilhão de habitantes, número significativo visto que a população mundial absoluta é cerca de 6,7 bilhões.
Geopolítica do Oriente Médio
O Oriente Médio pode ser considerado como a parte do planeta que mais apresenta focos de conflitos, com destaque para as divergências entre árabes e judeus. Fato que teve início a partir da instauração do Estado de Israel, em 1947.
Em 1988, Palestina e Israel iniciaram suas participações em acordos de paz. Em 1993, por exemplo, Yitzhak Rabin, primeiro ministro israelense naquele momento, e Yasser Arafat realizaram um acordo de paz.
Tal acordo tinha caráter interino, dando autogoverno aos palestinos sobre os territórios ocupados, fato que permitiu um cessar fogo. No entanto, isso não foi suficiente, pois os atentados se intensificaram na região, desencadeados pela insatisfação por parte dos grupos radicais palestinos e israelenses. O problema tornou-se ainda maior com a morte do primeiro ministro israelense Yitzhak Rabin, assassinado por um estudante judeu ortodoxo contrário à retirada israelense da Cisjordânia.
Yitzhak foi sucedido por Shimon Peres, que seguiu com o processo de paz iniciado. No ano de 1996, Yasser Arafat foi eleito presidente da Autoridade Palestina com um elevado número de votos (88,1%).
A formação de um Estado palestino não aconteceu de maneira completa, tendo em vista que o controle militar e das relações exteriores ainda era de responsabilidade dos israelenses. No final da década de 90, os conflitos se tornaram frequentes pela iniciativa dos grupos radicais palestinos e israelenses, isso prejudicou o processo de formação do Estado da Palestina.
Os conflitos estenderam-se até os primeiros anos da década de 2000, tendo um aumento significativo na incidência de casos de atentados e confrontos armados, principalmente de ataques suicidas por parte dos palestinos. Desse modo, Israel respondeu rapidamente às ofensivas com diversos ataques ao território palestino, ocasionando a morte de terroristas e civis.
Diante do quadro desolador, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou e propôs, através dos Estados Unidos, a criação de um Estado palestino. Mesmo com essas iniciativas, o quadro geopolítico atual ainda é bastante conturbado, marcado por um elevado número de conflitos armados e atentados. Parece que as divergências não têm fim, tendo em vista que os israelenses culpam palestinos por não punir os extremistas contidos no território de sua atuação. Já os palestinos culpam os israelenses por agravar ainda mais a situação ao responder de forma armada aos ataques terroristas de seus extremistas. Em suma, parece que esse conflito é interminável, diante de tamanha intolerância externalizada pelos dois lados.
Não é possível destacar conflitos no Oriente Médio sem mencionar a questão do Iraque. No ano de 1990, o Iraque invadiu o Kuwait com o pretexto de que esse país não estava cumprindo com as normas da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) quanto ao volume de produção de petróleo. Ofensiva interferida pelos Estados Unidos, com a aprovação da ONU. Desse modo, iniciou a guerra do Golfo, que durou de 17 de janeiro até 28 de fevereiro de 1991, finalizando com a derrota dos iraquianos, frustrando os planos do líder Saddam Hussein. Essa guerra deixou um saldo de centenas de milhares de mortes, sobretudo de soldados e cidadãos do Iraque. Apesar de ter sido derrotado, o líder ditador não foi destituído do cargo, por outro lado, os Estados Unidos instauraram um embargo econômico, fato que intensificou os problemas sociais no Iraque.
Há outro problema geopolítico envolvendo o Iraque, a aspiração do povo curdo em obter sua independência política e territorial. No ano de 1991, os curdos tentaram buscar sua independência em relação ao Iraque, mas foram agressivamente impedidos pelas forças iraquianas que promoveram um verdadeiro massacre, milhares de curdos foram mortos, além disso, aproximadamente 500 mil se refugiaram para as montanhas existentes na região. Isso terminou somente com a intervenção da ONU, que criou uma barreira de proteção em favor desse povo.
Em 2001, no dia 11 de setembro, os Estados Unidos sofreram ataques terroristas, desse modo, o então presidente norte-americano George W. Bush solicitou junto à ONU aprovação para invadir o Iraque, pedido que não obteve aprovação de grande parte dos integrantes da organização. Apesar disso, os Estados Unidos invadiram o Iraque, e, em março de 2003, iniciou uma guerra, provocando a morte de mais de 100 mil pessoas e a rendição daquele país. Além disso, os estadunidenses destituíram Saddam Hussein da presidência do Iraque. Apesar do fim do governo ditador de Saddam, os conflitos ainda ocorreram durante sete anos. Somente em agosto de 2010 o exército dos Estados Unidos se retirou do território iraquiano, entretanto, cerca de 50 mil soldados permanecerão para realizar terinamentos.
Existe ainda, no Oriente Médio, a luta pela posse das bacias hidrográficas e águas subterrâneas, que tem motivado o surgimento de focos de conflitos armados, um exemplo disso é a bacia do rio Jordão, disputada entre Israel, Líbano, Síria e Jordânia. Há também uma acirrada disputa pelas bacias dos rios Tigre e Eufrates por parte da Turquia, Síria e Iraque.
Oriente Médio
A região que compreende o Oriente Médio está localizada na porção oeste do continente asiático, conhecida como Ásia ocidental. Possui extensão territorial de mais de 6,8 milhões de quilômetros quadrados, com população estimada de 260 milhões de habitantes. É composta por 15 países: Afeganistão, Arábia Saudita, Bahrain, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria, Turquia.
Clima:
O clima do Oriente Médio é árido e semiárido, o que proporciona o predomínio de uma paisagem vegetal marcada pela presença de espécies xerófilas (nas áreas de clima árido), ou de estepes e pradarias (nas áreas de clima semiárido). Apenas pequenas faixas de terra, na porção litorânea, apresentam climas um pouco mais úmidos, onde há presença de formações vegetais arbustivas.
Atividades Econômicas:
O petróleo é o principal produto responsável pela economia dos países do Oriente Médio. Nessa região está localizada a maior concentração mundial dessa fonte energética (aproximadamente 65% de todo o petróleo mundial). Essa grande quantidade de petróleo, aliada a fatores econômicos e políticos, criou as condições para a formação, em 1960, de um dos mais importantes cartéis do mundo atual, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Outra atividade econômica importante no Oriente Médio é a agropecuária. Por ser realizada dominantemente de forma tradicional, com uso de pouca tecnologia e mecanização, essa atividade incorpora cerca de 40% da população economicamente ativa. O predomínio de climas áridos e semiáridos na região é bastante prejudicial para o desenvolvimento dessa atividade econômica.
A atividade industrial no Oriente Médio apresenta pouca expressividade. Nos países petrolíferos, há a existência de refinarias e petroquímicas. Outras indústrias se relacionam aos setores mais tradicionais, como o têxtil e o alimentício.
O turismo é outra atividade que vem apresentando importância para alguns países do Oriente Médio, a exemplo de Israel e Turquia (que recebem cerca de 2,5 milhões de turistas por ano).
Religiões:
No Oriente Médio, aproximadamente 238 milhões de pessoas (cerca de 92% da população) são muçulmanas. A maioria pertence às seitas sunita e xiita (sugeridas logo após a morte do profeta Maomé, em 632 d.C.). Há grupos menores de mulçumanos, como os drusos e os alauítas.
A região abriga ainda cerca de 13 milhões de cristãos, muitos de igrejas árabes, como a copta ou a maronita, que estão entre as mais antigas do cristianismo. Além disso, também vivem no Oriente Médio cerca de 6 milhões de judeus, quase todos em Israel. A migração desses deu-se em ondas, originárias primeiro da Europa e, depois, de todo o mundo. Por isso, no Estado judeu encontram-se inúmeros grupos étnicos cujas culturas, tradições, orientações políticas e práticas religiosas variam muito e são livremente expressas.
Conflitos:
A região do Oriente Médio é uma das áreas mais conflituosas do mundo. Diversos fatores contribuem para esse fato, entre eles: a sua própria história; origem dos conflitos entre árabes, israelenses e palestinos; a posição geográfica, no contato entre três continentes; suas condições naturais, pois a maior parte dos países ali localizados são dependentes de água de países vizinhos; a presença de recursos estratégicos no subsolo, caso específico do petróleo; posição no contexto geopolítico mundial.
As fronteiras das novas nações, definidas de acordo com interesses europeus, não consideraram a história e as tradições locais, consequentemente vários conflitos ocorreram e continuam ocorrendo no Oriente Médio.
Os novos Estados árabes – Iraque, Kuwait, Síria, Líbano, Jordânia – brigaram por recursos naturais e território. O conflito mais grave ocorreu na Palestina, para onde, até o fim da Segunda Guerra, havia migrado meio milhão de judeus. Quando foi criado o Estado de Israel, cinco países árabes atacaram, na primeira das seis guerras entre árabes e israelenses.
Jerusalém:
Os cartógrafos medievais situavam Jerusalém no centro do mundo e, para muita gente, a Cidade Velha continua a ser assim considerada. Para os Judeus, o Muro das Lamentações, parte do Segundo Templo, é o local mais sagrado de todos. Acima dele está o Domo da Rocha, o terceiro local mais importante no islamismo, de onde Maomé subiu aos céus. A poucos quarteirões dali, a Igreja do Santo Sepulcro assinala o local tradicional da crucificação, do enterro e da ressurreição de Jesus. Israel reivindica a cidade como sua capital eterna; já os palestinos a querem como capital de seu Estado.
Oriente Médio e a escassez de água
O Oriente Médio é um subcontinente da Ásia que possui clima árido, por isso não há muitos recursos hídricos (água subterrânea, rios e lagos) na região.
Os países que fazem parte do Oriente Médio são ricos em petróleo, no entanto, são pobres em água. Essas nações enfrentam sérios problemas relacionados à escassez de água.
Diversos países, como a Arábia Saudita e as pequenas nações do Golfo Pérsico, fazem dessalinização da água do mar, mesmo assim são grandes compradores de água mineral.
Na região do Oriente Médio, os países que detêm em seu território nascentes de água, rios e aquíferos, são privilegiados por possuir esse riquíssimo e raro recurso.
Diante da escassez de água, surgem conflitos entre países para definir quem domina as pouquíssimas bacias hidrográficas e águas subterrâneas. Um exemplo de disputa por água existe entre Israel, Líbano, Síria e Jordânia, que, por serem países fronteiriços, disputam o domínio da Bacia do rio Jordão.
No ano de 1967, Israel invadiu a Síria, que abriga em seu território a colina de Golã, onde está a nascente do rio Jordão. Esse rio é praticamente a única fonte de água para Israel e Jordânia.
O Oriente Médio, nos últimos anos, apresentou um crescimento populacional, o que elevou o consumo de água e reduziu a quantidade da mesma disponível nos mananciais, fato que tem contribuído para agravar ainda mais os focos de conflito entre os países.
Outro foco de conflito acontece nas proximidades dos rios Tigre e Eufrates. Ambos nascem em território turco e o escoamento de suas águas segue rumo ao Golfo Pérsico; abastecendo a Síria e o Iraque.
Diante disso, esses países temem o controle turco sobre as nascentes dos rios; pois a Turquia pode represar suas águas para realização de irrigação, construção de usinas hidrelétrica ou para qualquer outro fim. Dessa forma, o abastecimento da Síria e do Iraque ficaria comprometido.
Países e Territórios
A seguir é apresentada a lista dos países independentes da Ásia e suas respectivas capitais, além dos territórios existentes no continente.
Países independentes
Afeganistão (Cabul) |
Malásia (Kuala Lumpur)
Territórios dependentes Arquipélago de Chagos [Britânico] |
* países que podem ser classificados também em outros continentes (transcontinentais)