América

03/04/2011 04:24

 

É o segundo maior continente do mundo. Com uma área de 42.189.120 km² e uma população de mais de 750 milhões de habitantes, corresponde a 8,3% da superfície total do planeta e a 14% da população humana. Localizada entre o oceano Pacífico e o Atlântico, a América inclui o Mar do Caribe e a Groenlândia, mas não a Islândia, por razões históricas e culturais.

 

Formada por duas grandes massas de terra, unidas por uma faixa estreita, divide-se em três partes: do Norte, Central (englobando as nações do mar do Caribe) e do Sul. O continente reúne países marcados por grande diferenças econômicas. Estados Unidos (EUA) e Canadá possuem PIB entre os mais altos do mundo, enquanto a maior parte dos 35 países do continente permanece com imensas dificuldades.

Também é conhecida pelo plural Américas e pela expressão Novo Mundo (em oposição à Europa, considerada o Velho Mundo). Alguns não consideram a América como um continente único, preferindo defini-la como um conjunto de terras composto pelos continentes da América do Norte (que inclui a chamada América Central e o Caribe) e da América do Sul. De qualquer forma, a América compõe-se, de fato, de duas massas de dimensões continentais - as Américas do Norte e do Sul -, ligadas por um istmo (o istmo do Panamá) que é cortado por um canal (o canal do Panamá).Grande parte da população desse continente vive na América Latina - conjunto de países de línguas derivadas do latim. Os países que falam línguas que não são oriundas do latim, como o inglês, são considerados da América Anglo-Saxônica. Em suma, é uma forma de regionalizar a América a partir da característica linguística. 

A ação do relevo

Na costa localizada a oeste do continente, o relevo montanhoso forma uma barreira natural que impede a passagem dos ventos úmidos vindos do oceano Pacífico. Por essa razão, a umidade se concentra no litoral, fazendo com que o vento que transpõe as áreas montanhosas e alcança o interior seja seco, o que colabora para a maior aridez das regiões, por exemplo, nos Estados Unidos e no México.

A altitude nas áreas mais altas da cordilheira dos Andes e das montanhas Rochosas propicia médias térmicas extremamente baixas, pois quanto maior é a altitude de uma região, menor será a sua temperatura. A capital do Equador, Quito, situada na cordilheira dos Andes a uma altitude de 2850 metros, serve de exemplo desse fato.

As massas de ar

 

As massas de ar polares são as principais responsáveis pela queda de temperatura nos meses de inverno em grande parte dos Estados Unidos e Canadá (na América do Norte), e em parte da Argentina, do Chile, do Paraguai, do Uruguai e do Brasil (na América do Sul). As massas de ar de regiões quentes propiciam a elevação da temperatura em grande parte do litoral da América do Sul, da América Central e de partes da costa leste da América do Norte. 
 

As correntes marítimas

As correntes marítimas agem diretamente na temperatura e umidade do ar na região onde passam. Entre elas estão a corrente de Humboldt, a corrente do Golfo e a corrente do Caribe.

A corrente de Humboldt, que é uma corrente fria, atravessa o litoral do Chile e do Peru, onde a água fria provoca o aumento da piscosidade (abundância de peixes), beneficiando a pesca nesses países. Já a corrente do Golfo (quente) se forma no golfo do México e o seu efeito importante para moderar os climas da zona temperada, principalmente nas costas americanas (América do Norte) e da Europa (Reino Unido, principalmente). A corrente do Caribe (quente) atua na América Central, que está localizada na faixa intertropical e possui climas quentes e úmidos, favorecendo o turismo o ano todo nesta região.

As correntes do Labrador e da Califórnia (correntes frias) provocam quedas de temperatura na costa do Pacífico, no norte do Canadá e no nordeste dos Estados Unidos, respectivamente.

 

Tipos de clima e paisagens vegetais do continente americano


 

Na América, os fatores que exercem influencia no clima interagem em diferentes combinações, constituindo diferentes tipos climáticos que se espalham por todo o continente americano.


Clima polar

 

No extremo norte da América, onde o clima polar é dominante, as temperaturas médias anuais são negativas, com a ocorrência de neve praticamente o ano todo. Por essa razão, o solo está sempre coberto de gelo e neve. Durante os meses do verão polar desenvolve-se a tundra, vegetação formada de musgos e liquens.


Clima frio

 

Ao norte do continente americano, nas altas latitudes, ao sul da região de clima polar, no Canadá, prevalece o clima frio. Nessas áreas os invernos são extensos e as temperaturas estão sempre abaixo de zero grau. Como consequência, durante a maior parte do ano, o solo fica coberto por neve. Os verões proporcionam temperaturas médias próximas dos 10 °C. Nessas regiões desenvolve-se a taiga, constituída fundamentalmente por coníferas, muito explorada economicamente.


Clima frio de montanha

 

O clima frio de montanha domina no oeste do continente, onde se localizam as montanhas Rochosas e a cordilheira dos Andes. Nessas áreas as temperaturas médias anuais variam entre 5°C e 15°C.
Em regiões com essas temperaturas prevalece a vegetação de altitude, que apresenta características variáveis, de acordo com a altitude do terreno.


Clima temperado

 

Areas de clima temperado proporcionam estações do ano bem definidas, com verões quentes e invernos muito frios. Este tipo de clima ocorre sobretudo na América do Norte, onde ocupa ampla área. Na América do Sul manifesta-se apenas em pequenas áreas ao sul.
A vegetação predominante dessas áreas é a floresta temperada, com árvores de grande porte e folhagens densas que caem no inverno. Essa vegetação foi praticamente destruída e deu lugar, principalmente, a áreas destinadas à agricultura.
Nas regiões de clima temperado também ocorrem as pradarias, constituidas basicamente por gramíneas e alguns arbustos. No Brasil, as pradarias são chamadas de campos e ocorrem especialmente no Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Sul e na Argentina, os campos também são conhecidos como pampas.



Clima subtropical

 

O clima subtropical ocorre em áreas de passagem entre as zonas temperadas e as zonas tropicais. Os invernos são agradáveis e os verões são quentes, apresentam temperatura média de 18 °C. As chuvas bem distribuídas durante o ano todo. Ocorre no sul do Brasil e no sudeste dos Estados Unidos.
As regiões no Brasil onde esse tipo climático ocorre apresentam vegetação de matas de araucária ou matas dos pinhais.


Clima tropical

 

Nas áreas onde o clima tropical predomina a temperatura média anual comumente é superior a 200 °C, com ocorrência, normalmente, de chuvas concentradas no verão e invernos secos.
Esse tipo de climático é influenciado pelas massas de ar úmido oriundas do oceano. A umidade permite o aumento das florestas tropicais, como no Brasil e em áreas da América Central
No interior da América do Sul, onde a umidade é menor encontramos as Savanas, um tipo de vegetação que vem sendo destruída e suprimida pela agricultura comercial.


Clima equatorial

 

O tipo climático equatorial, típico de áreas próximas à linha do Equador, apresenta temperaturas elevadas e altos índices de chuvas bem distribuídas o ano todo.
Nessas regiões predomina a floresta equatorial, ou floresta Amazônica, que diferencia-se pela diversidade de animais e vegetais.


Clima semiárido

 

O tipo climático semiárido apresenta altas temperaturas elevadas, normalmente superiores a 25 °C, com chuvas insuficientes e mal distribuídas.
Na região Nordeste do Brasil, o clima semiárido favoreceu o desenvolvimento da Caatinga, tipo de vegetação de estepe que apresenta árvores de pequeno porte, com troncos retorcidos e espinhosos, e cactos, que armazenam água no seu caule..
 

Na América do Norte há uma ampla área de clima semiárido no centro-oeste  dos Estados Unidos. Igualmente na porção centro-sul da América do Sul, na Argentina, encontramos uma grande área desse tipo climático, com regiões recobertas por estepes.


Clima árido ou desértico

 

Esse tipo climático tem como principais características a escassez de chuvas, as temperaturas elevadas durante o dia e muito baixas à noite. Este clima aparece em áreas dos Estados Unidos, México e Chile.
A vegetação dessas regiões é insignificante, às vezes constituída por plantas espinhosas e de raízes profundas; em outras vezes é inexistente.

 

Relevo e hidrografia

Toda a parte oeste do continente americano se distingue pela presença de montanhas recentes e altos planaltos. É a partir deles que nascem os rios que percorrem o continente em direção aos oceanos. Os rios que correm para o Atlântico constituiem grandes bacias hidrográficas, enquanto os rios que correm em direção aos oceanos Pacífico e Glacial Ártico são de curta extensão e encachoeirados.

Cadeias montanhosas, planaltos e planícies

A cadeia montanhosa que se estende desde o extremo sul do Chile até o Alasca recebe diferentes nomes: cordilheira dos Andes (América do Sul), serra Madre (México) e montanhas Rochosas (América do Norte).

Sua origem está ligada à tectônica de placas. Essa porção do continente corresponde as margens de placas tectônicas que estão se chocando com outras placas. Esse fato explica a disposição dessas montanhas recentes no sentido Norte-Sul, a existência de numerosos vulcões e a episódios de terremotos nessas áreas.

O continente americano também possui amplas áreas de planaltos caracterizadas por altitudes médias e formas irregulares muito desgastadas. Os montes Apalaches, ao leste da América do Norte e  o planalto Brasileiro, na América do Sul, são exemplos desse tipo de relevo.
 

No interior do continente americano existem grandes planícies e depressões, como a planície Amazônica e a Platina, na América do Sul, e a planície do Mississipi, nos Estados Unidos.

Grandes bacias hidrográficas

A América é abundantemente irrigada por rios e cursos d’água que constituem bacias hidrográficas. Entre as principais bacias hidrográficas estão: a bacia Amazônica, a Platina e a do Mississipi-Missouri.
A bacia Amazônica, a maior bacia hidrográfica do mundo, irriga uma área de mais 7 milhões de quilômetros quadrados e representa cerca de 20% toda a água doce do planeta. Possui rios navegáveis e fartos em peixes, favorecendo a pesca . A maior parte dessa bacia está em território brasileiro.
A bacia Platina é composta por rios de planalto, como o rio Paraná, e de planície, como o rio Paraguai. Esses rios banham as regiões mais industrializadas da América do Sul: Região Sudeste Brasil e província de Buenos Aires, situada na Argentina, na foz rio da Prata.
As bacias dos rios Mississipi e Missouri compreendem grandes áreas das planícies centrais nos Estados Unidos.


 

Curiosidades



Furacões

 

Os furacões são fenômenos comuns na América Central e sudeste dos Estados Unidos. Eles se formam em áreas quentes e úmidas, após os raios do Sol terem aquecido a massa oceânica, provocando um rápido aumento da umidade, que, ao se elevar, resfria, condensa e cai em forma de chuva. Quando esse fenômeno ocorre de maneira muito intensa, pode dar origem aos furacões.



 

A geada



 

Em diversas áreas localizadas na Região Sul do Brasil é possível constatar, nos dias mais frios do inverno, um fenômeno denominado de geada. Esse fenômeno acontece quando uma forte massa de ar polar atinge a região, acarretando na queda brusca na temperatura. Quando a temperatura atinge índices abaixo de zero grau, as plantas ficam tão frias que a umidade do ar congela, deixando-as cobertas de orvalho congelado, ou geada.


Informações diversas

Nome: América.

Maior país: Canadá, com 9 984 678 km².

Menor país: El Salvador, com 22, 96 km².

Ponto mais elevado: Aconcágua (Argentina), com 6 962 metros de altitude.

Ponto mais baixo: Laguna Del Carbón (Argentina).

Maior Lago: Lago Superior (entre Estados Unidos e Canadá).

Extremo do continente - de norte a sul: 15 mil quilômetros.

País mais populoso: Estados Unidos, com aproximadamente 314,7 milhões de habitantes.

País menos populoso: São Cristovão e Nevis, com cerca de 49 mil habitantes.

País mais povoado: Barbados, com densidade demográfica de cerca de 647 hab./Km².

País menos povoado: Suriname, com densidade demográfica de aproximadamente 2,8 hab./ km².

Línguas mais faladas: espanhol, inglês, português, francês e dialetos.

País mais rico: Estados Unidos.

País mais pobre: Haiti.

Maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): Estados Unidos, com 0, 902 – muito alto.

Maior temperatura registrada: 56,6°C, no Vale da Morte (EUA).

Menor temperatura registrada: - 61,4°C (Ilhas Árticas).

História da América

 

Quando morreu no ano de 1506, Cristóvão Colombo estava convencido de que, após cruzar o Atlântico, havia alcançado as Índias. No entanto, os cientistas europeus da época já não tinham dúvidas de que o território descoberto constituía um continente desconhecido e extraordinariamente complexo. Coube ao cosmógrafo alemão Martin Waldseemüller batizar as novas terras com o nome de América, em homenagem ao navegador italiano Américo Vespúcio (Amerigo Vespucci), cujos relatos foram os primeiros a afirmar a existência do "Novo Mundo".

 


Américo Vespúcio

 

A América começou a ser povoada, segundo estimativas, entre 20.000 e 35.000 anos atrás (embora alguns pesquisadores proponham cinqüenta mil anos), quando a diminuição do nível dos oceanos - provocada pela última glaciação - possibilitou a comunicação terrestre entre a Ásia e o Novo Mundo através do estreito de Bering. A evolução cultural do homem pré-histórico americano acelerou-se entre 5000 e 4000 a.C., com o início de um processo de revolução neolítica em alguns pontos do México, da América Central e do Peru. Por volta do ano 3000 a.C. já se haviam consolidado as técnicas agrícolas (irrigação, fertilização e cultivos em terraços), enquanto as artes da cerâmica e da confecção de tecidos alcançavam alto grau de perfeição. A crescente complexidade da organização social e econômica propiciou a formação de centros urbanos, dotados de poder político centralizado. Desse modo, entre 1500 e 1200 a.C. começaram a suceder-se várias civilizações no vale do México, na América Central e na cordilheira dos Andes.

 

No México desenvolveram-se as culturas olmeca (1150-800 a.C.), de Teotihuacan (400 a.C.-650 da era cristã), tolteca (séculos X a XII) e asteca (séculos XIV a XVI). A civilização maia evoluiu a partir de 500 a.C. no sul do México, Yucatán, Guatemala e El Salvador, com distintas etapas culturais, cujo apogeu situou-se entre o século III a.C. e o início do século X da era cristã. Na região andina floresceram as culturas de Chavín e Paracas (1000-200 a.C.), Nazca e Moche (400-200 a.C.), Tiahuanaco e Huari (600-800 da era cristã), Chimú (séculos XIV e XV) e o império inca (séculos XV e XVI).

 

No resto do continente, os diversos povos ameríndios permaneceram em estágios culturais bastante atrasados. As atividades de caça e coleta subsistiram em muitas regiões até o descobrimento; mas algumas formas incipientes de agricultura já haviam começado a desenvolver-se, especialmente nas zonas próximas às grandes civilizações. As civilizações americanas conheceram o calendário, as formas pictográfica e ideográfica de escrita e atingiram alto nível de perfeição nas artes da arquitetura, da escultura e da cerâmica. Não chegaram, porém a desenvolver a metalurgia do ferro nem alcançaram importantes inventos e técnicas como a roda, a roda de oleiro, o arco e a abóbada (na arquitetura) e o vidro.

 

A chegada de Cristóvão Colombo representou o descobrimento de um imenso território até então desconhecido para os habitantes do Velho Mundo. Os espanhóis, "proprietários", juntamente com os portugueses, das terras recém-descobertas, empreenderam a conquista das zonas civilizadas do México e do Peru (Hernán Cortés e Francisco Pizarro, respectivamente), e iniciaram a colonização de toda a América Central, das grandes Antilhas, Venezuela, Colômbia, cordilheira dos Andes e rio da Prata.

 


Cristóvão Colombo

 

A introdução do cristianismo e da língua castelhana, e a fusão e assimilação das civilizações indígenas com a cultura hispânica foram a contrapartida dos abusos e da exploração a que foram submetidos os índios americanos. Os portugueses, que chegaram ao Novo Mundo em 1500, com a expedição de Pedro Álvares Cabral, estabeleceram seu domínio colonial nas costas do Brasil, território que lhes cabia pelo Tratado de Tordesilhas.

A partir do século XVII, os Países Baixos, a França e a Inglaterra começaram a introduzir-se na América, atacando as frotas espanholas carregadas de prata e fundando colônias nos territórios ocupados por espanhóis e portugueses. Os holandeses contentaram-se com a posse de alguns encraves de grande valor econômico e estratégico na Guiana e nas pequenas Antilhas, enquanto França e Inglaterra iniciavam um período de confrontos para obter o controle dos territórios norte-americanos. Finalmente, a superioridade militar e o maior número de colonos determinaram a hegemonia britânica sobre a América do Norte. A colonização, realizada em sua maior parte por calvinistas e protestantes radicais, caracterizou-se pela violência sistemática contra os índios, que foram expulsos de suas terras e exterminados em amplas áreas, à medida que os colonos avançavam para o oeste.

 

Os interesses dos habitantes das 13 colônias norte-americanas entraram em conflito aberto com os da metrópole a partir de 1765, quando o governo britânico impôs um pesado imposto sobre documentos jurídicos, periódicos e transações comerciais. Em 1773 o motim do chá, em Boston, significou o início da guerra, formalmente declarada dois anos depois. Em 4 de julho de 1776 o Congresso de Filadélfia proclamou a Declaração de Independência dos Estados Unidos, inspirada nas idéias liberais de John Locke e Montesquieu; nela se formulavam pela primeira vez os direitos do homem. A guerra terminou em 1783 com o reconhecimento, pelo governo britânico, da independência do novo país; quatro anos depois foi promulgada a constituição americana, que estabelecia a divisão de poderes e assegurava o funcionamento de um sistema político baseado na participação dos cidadãos.

 

Nos vice-reinos espanhóis, a elite dirigente era constituída por peninsulares, isto é, pessoas nascidas na Espanha. Os crioulos (descendentes dos conquistadores e dos primeiros colonizadores), imbuídos de idéias liberais, sentiram-se insatisfeitos com o caráter limitado das reformas levadas a efeito por Carlos III nas colônias espanholas e vislumbraram na independência americana e, pouco depois, na revolução francesa, um exemplo a ser imitado nos vice-reinos. A invasão francesa da península ibérica precipitou os acontecimentos. As juntas dos vice-reinos, criadas para administrar o território americano até a restauração da coroa espanhola, converteram-se em focos revolucionários e independentistas. A guerra civil entre "patriotas" (independentistas) e "legalistas" (partidários da unidade com a Espanha) recrudesceu após a volta de Fernando VII ao trono, mas finalmente os patriotas, comandados por generais como Simón Bolívar e José de San Martín, conseguiram alcançar o objetivo de separar-se da Espanha, embora não o de manter a unidade da América hispânica.

 


Simón Bolívar

 

O Brasil também obteve a independência em 1822, mas, ao contrário dos demais países americanos, a forma de governo adotada foi a monarquia, que se manteve até 1889.
Ao longo do século XIX os Estados Unidos lançaram-se à conquista do oeste, incorporando novos estados, tanto pela compra ou cessão (territórios franceses e espanhóis do centro e do sudeste da América do Norte), quanto pela conquista (Texas, Novo México e Califórnia), ou pela ocupação efetiva (o far west, ou oeste distante). O regime político americano, resultado da contemporização entre os grandes comerciantes protecionistas do norte e os latifundiários livre-cambistas do sul, passou por um período de crise entre 1861 e 1865, quando os estados do sul, descontentes com a política antiescravista do presidente Abraham Lincoln, tentaram separar-se da união. Após a derrota dos sulistas, os Estados Unidos experimentaram intenso desenvolvimento industrial.

 

Depois da primeira guerra mundial, em que a intervenção americana teve papel decisivo, os Estados Unidos converteram-se na maior potência econômica do mundo. O fim da segunda guerra mundial marcou o início de um novo período nas relações internacionais, o da chamada "guerra fria". Marcado pela rivalidade com o bloco socialista e pela influência política e econômica dos Estados Unidos na maior parte do mundo ocidental e dos países em desenvolvimento, essa situação perdurou até a desintegração do bloco socialista e o fim da União Soviética, no início da década de 1990.
Ao contrário do que sucedeu nos Estados Unidos, a evolução histórica da América Latina durante os séculos XIX e XX caracterizou-se pela fragmentação e rivalidade entre os diversos países, por uma escassa evolução e pela instabilidade política, consubstanciada numa sucessão de golpes de estado, ditaduras e revoluções.

 

Após uma primeira fase de domínio comercial e financeiro, os Estados Unidos procuraram impor maior presença da região (a política do big stick, entre 1895 e 1918), que posteriormente se ampliaria com o controle dos organismos de cooperação pan-americana (Organização dos Estados Americanos, Organização dos Estados Centro-Americanos, Aliança para o Progresso etc.). Na segunda metade do século XX, entretanto, registrou-se um crescente esforço das nações latino-americanas para assumir atitudes de independência ante os Estados Unidos.

Economia da América

 

A América é um continente muito rico, embora grande parte de seus recursos ainda permaneçam inexplorados. No entanto, esta riqueza encontra-se repartida de maneira desigual, tanto no interior de cada país, quanto no conjunto do continente. Os Estados Unidos e o Canadá, por exemplo, apresentam uma economia avançada e muito industrializada, enquanto grande parte da América Latina permanece em situação de subdesenvolvimento e dependência comercial e financeira.

 

Os Estados Unidos, com enormes recursos minerais e energéticos, agricultura especializada, apurada tecnologia e avançada indústria, controlam os mercados mundiais de importantes produtos agrícolas, minerais e industrializados. Da mesma forma, o "colosso do norte" exerce tutela econômica sobre muitos países latino-americanos cujo comércio exterior baseia-se na troca de matérias-primas (agrícolas e minerais) por produtos industrializados.

 

 

A atividade agropecuária apresenta níveis de desenvolvimento semelhantes no Canadá e nos Estados Unidos, embora a produção seja muito maior neste último país, devido tanto ao clima temperado que domina a maior parte de seu território quanto à qualidade dos solos, ricos em matéria orgânica, e ao caráter industrial das plantações, extensas e muito mecanizadas. Destacam-se, sobretudo, as grandes plantações de trigo (que proporcionam colheitas de primavera e de inverno), milho, algodão e, em menor escala, aveia, cevada, arroz, leguminosas, linho, soja, tabaco, hortaliças, frutas etc.

 

Os rebanhos de ovinos e suínos alcançam grande rendimento nas fazendas americanas e canadenses, embora os maiores índices de produtividade pertençam ao gado bovino, criado de forma industrial no sudeste do Canadá e nas regiões centro, noroeste e sudeste dos Estados Unidos. A silvicultura e a pesca também constituem importantes fontes de matérias-primas para a indústria e para as exportações de ambos os países.

 

Já na América Latina, as profundas distorções existentes na estrutura da propriedade agrária e as técnicas agrícolas antiquadas constituem sério entrave ao desenvolvimento e à diversificação da atividade agropecuária, o que obriga quase todos os países a importar grande quantidade de produtos alimentícios. O México, que exporta algodão e sisal, produz grandes safras de trigo, milho e outros cereais. Na América Central e nas ilhas do Caribe há grandes plantações de café, banana, cana-de-açúcar, cacau, tabaco, linho, soja, algodão e milho. As lavouras de produtos tropicais e de cereais também se estendem por vastas regiões do Brasil, Colômbia e Venezuela, enquanto a pecuária, principalmente bovina, ovina e eqüina, atingiu grande desenvolvimento nos campos do Brasil, Argentina, Venezuela, Colômbia, Chile e Uruguai. As colheitas de cereais do sul do Brasil e da Argentina encontram-se entre as mais importantes do mundo.

O continente americano é excepcionalmente rico em fontes de energia e recursos minerais. O enorme potencial hidrelétrico de seus rios é explorado de modo crescente na América do Norte e com menor intensidade na América do Sul, onde Brasil, Colômbia, Bolívia, Argentina, Paraguai e Chile começaram a aproveitar os importantes rios da região andina e das bacias da vertente atlântica. A América produz grande parte do petróleo mundial, principalmente nas reservas dos Estados Unidos e, em menor quantidade, no México, Venezuela, Colômbia, Argentina, Brasil, Peru e Equador. O gás natural, muito abundante, localiza-se sobretudo no Canadá, Estados Unidos, México, Venezuela, Peru e Argentina. Além disso, há grandes jazidas de carvão mineral, principalmente hulha, nos Estados Unidos, e reservas secundárias no Canadá, México, Colômbia, Chile, Brasil e Argentina.

 

Os principais recursos minerais da América são zinco, extraído em numerosos centros produtores no Canadá, cobre, chumbo, ferro e estanho; os principais produtores são Estados Unidos, Canadá, México, Peru, Bolívia e Argentina. O México destaca-se por suas reservas de prata, o Brasil e o Peru por sua produção de ferro, o Chile pelo cobre e a Bolívia pelo estanho.

 

A abundância de matérias-primas e de recursos minerais e energéticos, aliada à demanda de um amplo mercado interno contribuíram para o intenso desenvolvimento industrial dos Estados Unidos. Todos os setores produtivos acham-se representados no país, com destaque para ferro, aço e as indústrias mecânica, química, eletrônica, têxtil, naval e de papel. As grandes empresas americanas, cujos centros fabris concentram-se principalmente no nordeste do país - por isso mesmo a região mais industrializada e urbanizada do planeta - estendem sua influência por todo o mundo ocidental, tanto pelo investimento de capitais, quanto pelo controle de mercados em âmbito internacional.

 

O Canadá ocupa o segundo lugar em desenvolvimento industrial no continente, com uma produção igualmente diversificada e de tecnologia avançada. Os países latino-americanos tentam competir com seus vizinhos setentrionais através da criação e do fomento de indústrias próprias, apesar de suas graves deficiências estruturais (comunicações precárias, grande dívida externa, escassez de capitais). Nesse grupo destacam-se o México (têxteis, papel, vidro, máquinas), a Venezuela, a Argentina, o Chile e, sobretudo, o Brasil (siderurgia e manufaturas). Nos demais países, onde a industrialização é bastante reduzida, a economia baseia-se fundamentalmente na atividade agropecuária ou na extração mineral.

Subdivisões da América

 

Muitos não consideram a América como um continente único, preferindo defini-la como um conjunto de terras composto pelos continentes da América do Norte (que inclui também a América Central e o Caribe) e da América do Sul.

Os países são divididos da seguinte forma:

 

América do Sul

Argentina
Bolívia
Brasil
Chile
Colômbia
Equador
Guiana
Paraguai
Peru
Suriname
Uruguai
Venezuela

 

Territórios dependentes (América do Sul)

Guiana Francesa

 

América do Norte
Canadá
Estados Unidos
México

 

Territórios dependentes (América do Norte)

Bermudas
Groenlândia
São Pedro e Miquelão

 

América Central
Belize
Costa Rica
El Salvador
Guatemala
Honduras
Nicarágua
Panamá

Caribe
Antígua e Barbuda
Bahamas
Barbados
Cuba
Dominica
República Dominicana
Granada
Haiti
Jamaica
Santa Lúcia
São Cristóvão e Névis
São Vicente e Granadinas
Trindade e Tobago

 

Territórios dependentes

Porto Rico
Ilhas Virgens Americanas
Aruba
Antilhas Holandesas
Anguilla
Bermudas
Ilhas Virgens Britânicas
Ilhas Caymans
Montserrat
Turks e Caicos

 

Outros territórios

Guadalupe
Martinica

 

América Andina

A América Andina é uma porção territorial da América do Sul. Recebe essa denominação pelo fato de ser cortada pela Cordilheira dos Andes, que se estende de norte a sul do subcontinente. Os países que compõem a América Andina são: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.

Esses países correspondem a uma extensão territorial de 5,3 milhões de quilômetros quadrados, sendo habitado por aproximadamente, 144 milhões de pessoas. A maioria da população (70%) é composta por ameríndios e mestiços, consequência da miscigenação entre o índio (população nativa) e o branco (colonizador europeu).

O clima na América Andina varia de acordo com a proximidade da Cordilheira dos Andes. No sentido norte-sul, os climas registrados são: equatorial, tropical, desértico (sul do Peru e norte do Chile), mediterrâneo e temperado (diminuindo as temperaturas em direção ao sul do Chile).

A produção agrícola e extrativista são as principais atividades econômicas dos países andinos, sendo responsáveis pela absorção da mão de obra de grande parcela da população. A atividade pesqueira no Peru destaca-se em virtude de o mesmo ser considerado um dos maiores produtores de pescado do mundo.
O Chile é grande produtor de cobre. A Venezuela, por sua vez, apresenta grandes reservas de petróleo, sendo grande produtora e exportadora do produto, cuja nação integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). O Equador também é grande produtor de petróleo, no entanto, não integra a OPEP. Na Bolívia, destaca-se a exploração de estanho e gás natural.
Um aspecto negativo é que a Colômbia, a Bolívia e o Peru são um dos três maiores produtores mundiais de cocaína.

O setor industrial é pouco desenvolvido, sendo que o Chile é o principal representante desse segmento da economia. A indústria na América Andina fundamenta-se nos produtos têxteis, alimentícios, metalurgia, de bebidas e produtos agrícolas.

A Comunidade Andina é um bloco econômico formado por países da América Andina. Sua criação teve como principal objetivo, o fortalecimento econômico dos países membros, tendo como principais integrantes: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. O Chile integrou o bloco entre os anos de 1969-1976, e a Venezuela foi país membro entre os anos de 1973-2006.

Dados dos países Andinos:

Bolívia

Área: 1.098.581 km²
População: 9.862.860
Densidade demográfica: 9 hab./km²
Idioma: Espanhol, Quínchua e Aimará.
Moeda: Boliviano
Capital: La Paz
Expectativa de vida: 65 anos
IDH: 0,643
PIB: 16,7 bilhões de dólares.

Chile

Área: 756.945 km²
População: 16.970.265 habitantes
Densidade demográfica: 22 hab./km²
Idioma: Espanhol.
Moeda: Peso
Capital: Santiago
Expectativa de vida: 78 anos
IDH: 0,783
PIB: 169,4 bilhões de dólares.

Colômbia

Área: 1.138.914 km²
População: 45.659.709 habitantes
Densidade demográfica: 40 hab./km²
Idioma: Espanhol.
Moeda: Peso colombiano
Capital: Bogotá
Expectativa de vida: 72 anos
IDH: 0,689
PIB: 242,2 bilhões de dólares.

Equador

Área: 283.561 km²
População: 13.625.069 habitantes
Densidade demográfica: 48 hab./km²
Idioma: Espanhol.
Moeda: Dólar americano
Capital: Quito
Expectativa de vida: 74 anos
IDH: 0,695
PIB: 52,6 bilhões de dólares.

Peru

Área: 1.285.216 km²
População: 29.164.883 habitantes
Densidade demográfica: 22 hab./km²
Idioma: Espanhol, Quínchua, Aimará
Moeda: Novo Sol
Capital: Lima
Expectativa de vida: 71 anos
IDH: 0,723
PIB: 127,4 bilhões de dólares.

Venezuela

Área: 912.050 km²
População: 28.853.366 habitantes
Densidade demográfica: 31 hab./km²
Idioma: Espanhol
Moeda: Bolívar Venezuelano
Capital: Caracas
Expectativa de vida: 73 anos
IDH: 0,696
PIB: 313,8 bilhões de dólares.

 

América Central

O continente americano é dividido em três partes: América do Sul, América Central e América do Norte. Abordaremos a seguir as informações específicas da América Central que se enquadra na América Latina, onde se localizam os países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.

A América Central é dividida em trecho continental e insular. A América Central Continental corresponde à uma restrita faixa de terras emersas que liga a América Central à América do Norte e à América do Sul. Nesse istmo estão estabelecidos sete países: Belize, Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Panamá.

A América Central Insular (ou formado por ilhas), corresponde a um grupo de ilhas localizadas no Mar das Antilhas conhecido como Mar do Caribe, que é ramificado em Grandes Antilhas, Pequenas Antilhas e Bahamas. Na primeira Antilha estão presentes as nações mais importantes do Caribe tais como Cuba, Jamaica, Haiti, República Dominicana e Porto Rico, que faz parte do controle dos Estados Unidos, apesar disso não possui representantes no congresso.

As Pequenas Antilhas são compostas por oito nações autônomas: Antígua e Barbuda, Barbados, Dominica, Granada, Santa Lúcia, São Cristóvão, Nevis, São Vicente, Granadinas e Trinidad e Tobago, além de cinco possessões do Reino Unido: Anguilla, Ilhas Cayman, Ilhas Turks e Caicos, Ilhas Virgens Britânicas e Montsserat. Existem ainda duas possessões da Holanda, as Antilhas Holandesas e Aruba; duas possessões da França: Guadalupe e Martinica; e uma possessão dos Estados Unidos: as Ilhas Virgens Americanas.

Características naturais da América Central

Uma grande parcela do território que compõe a América Central é ocupada por montanhas que periodicamente desenvolve o processo de vulcanismo e também de terremotos. As áreas que apresentam as planícies se restringem à costa do Atlântico e do Pacífico.

A América Central está situada praticamente em sua totalidade na zona intertropical, no entanto, desenvolve outros tipos de climas provenientes das altitudes, a partir disso é possível identificar três domínios climáticos.

Terras quentes representam as regiões onde estão as planícies e os baixos planaltos, onde ocorrem temperaturas médias mensais de cerca de 25ºC, com características de climas tropical úmido e equatorial.

Terras temperadas localizam-se em áreas entre as planícies e as montanhas, predominam temperaturas médias de aproximadamente 20ºC e desenvolve o clima tropical de altitude.

Terras frias correspondem a lugares que são constituídos por montanhas elevadas e que por isso ocasionam temperaturas semelhantes de clima frio.

O relevo das Ilhas do Caribe é constituído por montanhas formadas por eventos vulcânicos, na verdade, muitas dessas montanhas são vulcões, alguns são ativos como Pelée localizado em Martinica.

América do Norte

A América do Norte está localizada no extremo norte das Américas, é composta por apenas três países: Estados Unidos, Canadá e México, além de territórios de domínios europeus, como a Groenlândia (pertencente ao Reino da Dinamarca, com representação no parlamento) e Bermudas (dependência britânica). Os dois primeiros são os únicos do continente americano que estão inseridos no grupo dos países mais importantes político e economicamente, especialmente os Estados Unidos, que possui a condição de maior potência mundial, já o México configura-se como um país em desenvolvimento, ou seja, emergente.

Um fato determinante na atual condição dos países citados é o fator histórico, assim como todas as nações das Américas, os Estados Unidos e o Canadá também foram colonizados por Europeus, entretanto, o modo como foi desenvolvido foi diferente, pois enquanto o centro e o sul das Américas foram colônias de exploração, as nações em questão viveram um processo de povoamento. A América do Norte é também conhecida por América Anglo-Saxônica (de língua inglesa) ou América desenvolvida.

Aspectos naturais da América do Norte:

A América do Norte é banhada ao norte pelo oceano glacial Ártico, a oeste, pelo Oceano Pacífico; e a leste, pelo Oceano Atlântico.

Relevo

Quanto ao relevo, a América do Norte apresenta basicamente três tipos, como ocorre em grande parte de todo continente americano.

• Porção ocidental: abriga uma série de cadeias de montanhas, muitas dessas são vulcões que se encontram em atividade e, por isso, há uma grande ocorrência de terremotos. Dentre as muitas montanhas presentes, as principais são: Cadeias da Costa, Sierra Nevada e as montanhas Rochosas.

• Porção oriental: corresponde a regiões onde se encontram planaltos e montanhas de idade geológica antiga e que sofreram diversos e longos processos erosivos. Os principais planaltos são: Labrador (Canadá) e Monte Apalache (Estados Unidos).

• Porção central: essa região abriga extensas áreas compostas por planícies, abrangendo também rios e lagos, as mais conhecidas são: as planícies de Lacustre (Canadá), do Mississipi (Estados Unidos) e a planície dos Grandes Lagos.

Hidrografia

A hidrografia da América do Norte é bastante diversificada, no território canadense os lagos predominam, existem pelo menos 150 mil lagos, grande parte de origem glacial.

A maior concentração de lagos da América do Norte está localizada entre as fronteiras dos Estados Unidos e do Canadá, diante disso, os maiores e mais importantes são: Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontário, o primeiro possui 84 mil km2.

Quantos aos rios, no Canadá o que se destaca é o rio São Lourenço, isso por que serve como hidrovia entre os Grandes Lagos e o Oceano Atlântico. Nos Estados Unidos, o mais importante quanto à capacidade de navegação é o rio Mississipi, outros importantes são Colorado e Columbia, ambos utilizados na irrigação e na geração de energia elétrica.

Clima e vegetação da América do Norte 

Em razão da dimensão territorial, na América do Norte são desenvolvidos diversos tipos de composição vegetativa e climática, os principais são:

Tundra: Tipo de vegetação que desenvolve a partir do degelo, é composto por liquens, musgos, ervas e arbustos de baixa estatura, isso proveniente do clima frio com invernos longos e rigorosos.

Floresta Temperada: esse tipo de vegetação ocorre em regiões onde predomina o clima temperado, caracteriza-se por apresentar as estações do ano bem definidas com invernos frios e verões quentes, as florestas temperadas são compostas por árvores caducifólias e musgos, e presença de cedros, carvalho e pinheiro.

Estepe e Pradaria: ocorre em áreas que possuem clima semiárido, com temperaturas elevadas e longos períodos de estiagem; em virtude dessa adversidade, a composição vegetativa é bastante restrita com a presença de gramíneas e ausência de árvores.

Vegetação desértica: desenvolve em regiões desérticas no sul dos Estados Unidos, na fronteira com o México, e também na região do rio Colorado. O clima é desértico, por isso é seco durante todo o ano.

Savana: ocorre em lugares onde há incidência de chuvas regulares durante o ano e temperaturas sempre abaixo de 10ºC nas estações do outono e inverno.

Vegetação de montanhas: Em razão da altitude, a temperatura tende a cair, assim, apresenta clima parecido com o clima frio; quanto à cobertura vegetal, existem poucas formas presentes.

Ausência de vegetação: ocorre em regiões da América do Norte que possui temperaturas muito frias, ou seja, polar. Essa adversidade climática não permite o desenvolvimento de nenhuma forma de vegetação.

América do Sul

O continente Americano é dividido em três partes: América do Norte, Central e do Sul. Abordaremos a seguir as principais características e informações da América do Sul.

A América do Sul está localizada em grande parte no hemisfério sul, na zona intertropical ocidental. A América do Sul abrange um território de 18 milhões de quilômetros quadrados e é banhado a leste pelo oceano Atlântico, a oeste pelo oceano Pacífico e ao norte pelo mar das Antilhas, conhecido como do Caribe.

O subcontinente abordado é privilegiado em área costeira, ao longo do litoral sul -mericano são identificados diversos acidentes geográficos, um exemplo desse tipo de configuração é o Estreito de Margalhães, que liga os oceanos Pacífico ao Atlântico, além das Malvinas (arquipélago com mais de duzentas ilhas, localizadas na costa Argentina), Fernando de Noronha (vinte ilhas de origem vulcânica, localizadas na costa nordeste do Brasil); e na costa do Equador, as ilhas Galápagos, instituídas pela ONU (Organização das Nações Unidas) como Patrimônio Natural da Humanidade.

Aspectos naturais da América do Sul

Relevo

Toda a costa leste da América do Sul é composta por planaltos de origem geológica muito antiga, em razão disso sofreu longos processos erosivos e atualmente possui características relativamente planas.

No interior da América do Sul identifica-se uma predominância de planaltos com pouca elevação e planícies.

No extremo ocidente do subcontinente o relevo é constituído por grandes altitudes, onde está localizada a Cordilheiras dos Andes, que corresponde a um dobramento alpino oriundo do encontro entre a placa de nazca e a placa sul-americana, razão pela qual a região desenvolve uma grande incidência de abalos sísmicos. A Cordilheira dos Andes estende-se desde a Venezuela até o Chile, possuem aspectos distintos que variam de acordo com cada particularidade, pode ser classificado como: Andes setentrionais úmidos, Andes centrais ou áridos e Andes meridionais ou frios.

Hidrografia

A América do Sul, em recurso hídrico, possui uma das maiores bacias hidrográficas do mundo, como a bacia do Amazonas, que é a maior do mundo.

O grande potencial hídrico desse subcontinente é proveniente dos aspectos climáticos que predominam em grande parte do território onde prevalecem os climas úmidos (equatorial e tropical úmido) com altos índices pluviométricos.

As principais bacias hidrográficas presentes na América do Sul são:

Bacia Amazônica: está localizada na floresta Amazônica e abrange o Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Guiana.

Bacia do Prata: corresponde à união de três sub-bacias (Paraná, Paraguai e Uruguai).

Bacia do Rio São Francisco: encontra-se totalmente em território brasileiro e tem como rio principal o São Francisco.

Clima e vegetação 

Em razão da extensão territorial, no sentido norte-sul, o continente sofre influência de duas zonas climáticas: a intertropical e a temperada do sul. Dessa forma, são identificados climas equatorial, tropical, além da presença de clima mediterrâneo e temperado.

O relevo é um dos primordiais na composição dos climas, ao longo de toda planície amazônica não há altitudes que possam impedir a locomoção de massas de ar quente ou fria, servindo assim como uma espécie de corredor de passagem de massas que seguem seu trajeto para interagir com as características locais e assim dar origem às distintas variações climáticas.
Além dos climas já apresentados, na América do Sul são identificados ainda os climas: frio de montanha, característico dos Andes; semiárido, que ocorre nos Andes Central e nordeste brasileiro; e árido ou desértico, que ocorre na Patagônia (Argentina) e no Atacama (Chile).

Como o clima em grande parte é o equatorial e tropical, desenvolve grandes florestas do tipo latifoliadas, que corresponde à floresta equatorial, como a Amazônica.

Nas áreas de clima tropical, que ocorre nos territórios do Brasil, Paraguai, Venezuela e Colômbia, ocorrem vegetações tais como as savanas (cerrado no planalto central brasileiro, chaco no Paraguai e Bolívia e lhanos na Venezuela). E nas regiões de clima tropical úmido ocorrem as florestas tropicais como a floresta Atlântica na costa brasileira.

Nas regiões onde prevalece o clima subtropical, como no sul do Brasil, Uruguai e Argentina, ocorrem vegetações como Mata de Araucária, além de estepes e pradarias.

Em uma restrita parcela da América do Sul ocorre o clima temperado, essa característica climática se apresenta no sul do Chile, a vegetação que desenvolve na região é a floresta temperada.

América Platina

A América Platina é uma porção da América do Sul formada por três nações: Argentina, Paraguai e Uruguai. O vínculo entre esses países é desde o período colonial, pois já participaram de uma mesma administração política. Além desse aspecto, essas três nações possuem outra característica em comum: são banhadas pelos rios que formam a Bacia Hidrográfica do Rio Prata.

Com extensão territorial de 3.351.055 quilômetros quadrados, a América Platina corresponde a 18% do território sul-americano. O relevo é caracterizado por planícies e planaltos. A oeste, na fronteira da Argentina com o Chile, está localizada a Cordilheira dos Andes. O clima varia de acordo com cada região.
No norte, predomina o clima tropical e no sul, o clima característico é o temperado. Os principais
rios são: o Paraná, Paraguai e o Uruguai, formando a Bacia Hidrográfica do Rio Prata.

Esses três países somam, aproximadamente, 50 milhões de habitantes, sendo a Argentina, o país mais populoso – com 40 milhões. A maioria da
população da América Platina, especialmente da Argentina e do Uruguai, é branca e de origem europeia. Tal fato se explica em virtude do intenso fluxo migratório de espanhóis e italianos para esses dois países no final do século XIX e início do século XX. No Paraguai predominam os mestiços e ameríndios.

A economia na América Platina é bem dinâmica e diversificada. Todos os três países têm na agropecuária, um importante elemento da economia. Na Argentina destaca-se o cultivo de trigo e criação de bovinos e ovinos. No Uruguai, no domínio dos pampas, ocorre a criação de bovinos, produção de carnes e ovinos, além do cultivo de milho e trigo. As principais áreas agrícolas do Paraguai estão localizadas a leste do rio Paraguai, onde são cultivados vários produtos, principalmente algodão e soja.

A Argentina é a nação mais industrializada da América Platina. A indústria concentra-se em Buenos Aires, Córdoba e Rosário. Montevidéu, capital do Uruguai, abriga a maioria das indústrias no país, cujo setor se baseia na produção alimentícia e têxtil.

O Paraguai apresenta uma industrialização muito limitada, apoiando-se por excelência na produção alimentícia.
O turismo é outro elemento de fundamental importância para a economia desses três países. A Argentina, o Paraguai e o Uruguai, juntamente com o
Brasil, formam o bloco econômico mais expressivo da América do Sul – o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).

Dados dos Países da América Platina:

Argentina
 
Área: 2.766.889 km².
População: 40.276.376 habitantes
População urbana: 92%
Densidade demográfica: 14,5 hab./km².
Idioma: Espanhol
Moeda: Peso argentino
Capital: Buenos Aires
Expectativa de vida: 75 anos
IDH: 0,775
PIB: 328,4 bilhões de dólares.

Paraguai

Área: 406.752 km².
População: 6.348.917 habitantes
População urbana: 61%
Densidade demográfica: 15,6 hab./km².
Idioma: Espanhol e Guarani
Moeda: Guarani
Capital: Assunção
Expectativa de vida: 71,5 anos
IDH: 0,640
PIB: 16 bilhões de dólares

Uruguai

Área: 177.414 km².
População: 3.360.854 habitantes
População urbana: 92,5%
Densidade demográfica: 19 hab./km².
Idioma: Espanhol
Moeda: Peso uruguaio
Capital: Montevidéu
Expectativa de vida: 76 anos
IDH: 0,765
PIB: 32,2 bilhões de dólares.

 

As transnacionais na América Latina

Até o fim da Primeira Guerra Mundial, praticamente não existiam empresas transnacionais (empresas de um determinado país que atuam em outro), com exceção de algumas corporações norte-americanas. Após o conflito, por volta de 1950, muitas empresas expandiram suas áreas de atuação, instalando-se em diferentes países do globo.

Com a dispersão das grandes empresas pelo mundo, a América Latina foi alvo de muitas corporações empresariais, passando a ser influenciada economicamente por estas empresas de forma significativa.

As transnacionais que se instalaram nos países da América Latina são de origem norte-america, japonesa e europeia, principalmente. Essas empresas queriam usufruir das condições favoráveis que os países latinos ofereciam, tais como:

• Abundância de mão de obra com baixos custos, em comparação aos salários pagos em países desenvolvidos.

• Riqueza em matéria-prima (água, minérios, energia, agricultura, dentre outros).

• Mercado consumidor com potencialidade, ou seja, populações que poderiam consumir os produtos das empresas.

• Infraestrutura promovida pelo governo do país onde a empresa se instala.

• Leis ambientais brandas.

• Incentivos tributários, como isenção parcial ou total de impostos.

• Permissão para enviar os lucros ao seu país de origem.

Esses e outros benefícios facilitaram a dispersão das transnacionais por todas as partes do mundo. Hoje, grande parte dessas empresas domina os seguimentos automobilístico, alimentício, siderúrgico, metalúrgico, eletroeletrônico, farmacêutico, químico e agroindustrial.

Desse modo, podemos dizer que essas empresas tiveram um papel essencial na industrialização dos países latinos. No entanto, a predominância de transnacionais foi negativa pelo fato de ter coibido o surgimento de empresas nacionais.

 

Aspectos humanos da América Central

A América Central é um subcontinente da América (continente) situado entre a América do Norte e do Sul. Ocupa uma área de 731.000 km², onde vivem aproximadamente 75 milhões de pessoas, que resulta em uma densidade demográfica de 102,6 hab./km².

O país mais populoso da América Central é a Guatemala, com cerca de 12 milhões de habitantes. São Vicente e Granadinas figura como o país menos populoso dessa porção do espaço americano.

Barbados é o mais povoado, com densidade demográfica de 647 hab./km²; enquanto Belize é o país menos povoado, com 13 hab./km².

A população da região é constituída por uma variada composição étnica. Países como Guatemala, Honduras, Nicarágua, El Salvador e Panamá têm suas respectivas populações formadas por mestiços (mistura entre índio e branco), com um número reduzido de brancos. Os negros e mulatos são mais evidentes na planície costeira atlântica de Honduras, Nicarágua e Belize.

Quanto à religião, a que predomina é a católica. Existem diversas línguas na América Central, mas a principal é o espanhol, o qual é falado por praticamente todos os países; com exceção de Belize, que usa o inglês. Há também várias línguas nativas, como: macropenutiana (origem maia), mame, chol, itza, jacalteco, chuj, aguacateco, ixil, quiche, pokoman, cholti, chorti, achi, ponton, utoasteca, pipil, alaguilac, micarao, bagas, entre outras.

 

Tipos de vegetação da América Anglo-Saxônica

A América Anglo-Saxônica corresponde aos países das Américas falantes da língua inglesa, nesse caso são as únicas nações do continente que se encontram desenvolvidas. Os países com tais características estão localizados na América do Norte, são eles Estados Unidos e Canadá.

Essa região do continente americano abriga importantes tipos de coberturas vegetais como: tundra, floresta temperada, estepe e pradarias, vegetação
desértica, savana, vegetação de altas montanhas e áreas desprovidas de vegetação.

Tundra:  ocorre em áreas onde predomina o clima frio com invernos longos e rigorosos. Em razão dessas condições, as vegetações
que apresentam são basicamente plantas rasteiras como musgos e liquens.

Floresta Temperada:  desenvolve em regiões nas quais a característica do clima que predomina é o temperado, com verões quentes e invernos rigorosos. As florestas temperadas geralmente são compostas por árvores
caducifólias com folhas vermelhas, alaranjadas e amarelas, aspecto comum nas florestas temperadas de folhas caducas.

Estepe e pradarias: apresenta em regiões de clima semiárido com temperaturas elevadas e longos períodos de seca. Predominância de vegetação rasteira como herbáceas.

Vegetação desértica: desenvolve em área de clima desértico muito seco e pouquíssima incidência de pluviosidade. Vegetações adaptadas à escassez de água, como as espécies xerófilas.

Savana:  ocorre em lugares
de clima subtropical com incidência de chuvas bem distribuídas durante o ano, de temperaturas que não ultrapassam os 10ºC em determinados períodos.

Vegetação de altas montanhas: apresenta clima frio, em montanhas até 1.000 metros ocorrem bosques caducifólios, até 1.800 metros predominam as coníferas e acima de 2.000 apresentam os prados.

Ausência de vegetação: lugares que apresenta temperatura muito fria e grande quantidade de gelo, condições que impedem a proliferação de vegetação.